A humildade e dedicação do Papa Francisco aos necessitados são marcas registradas de seu pontificado, características que refletem tanto seu papel como líder da Igreja Católica quanto sua formação como jesuíta. Essa postura frequentemente desperta curiosidade sobre sua situação financeira pessoal e como o líder de uma das maiores instituições religiosas do mundo administra seus recursos.
Papa Francisco está internado há mais de duas semanas devido a problemas de saúde delicados. Com a saúde fragilizada, o pontífice precisou pausar seus compromissos, o que preocupa os fiéis.
Qual o salário do Papa?
Diferentemente do que muitos imaginam, o Papa Francisco não recebe um salário formal. Como membro da Companhia de Jesus, ele fez voto de pobreza ao ingressar na ordem religiosa, comprometendo-se a viver com simplicidade e sem posses pessoais significativas, princípio que mantém mesmo ocupando o mais alto cargo da hierarquia católica.
Apesar da ausência de remuneração direta, todas as necessidades básicas do pontífice são integralmente custeadas pela Igreja Católica. Sua alimentação, moradia no Vaticano, despesas com viagens oficiais e cuidados pessoais são garantidos pela instituição, que assume a responsabilidade pelo bem-estar de seu líder máximo.
“Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou outra coisa, eu peço. Eu não tenho um salário, mas isso não me preocupa porque sei que serei alimentado de graça“, declarou Francisco com seu característico bom-humor durante uma entrevista que também foi incluída no documentário ‘Amém: Perguntando ao Papa’, disponível no Disney+.
Acesso a recursos
Para suas iniciativas de caridade e apoio a causas sociais, o Papa tem acesso a fundos específicos mantidos pelo Vaticano. Estes recursos permitem que ele realize doações e auxilie diversas organizações e instituições, estendendo sua missão pastoral através de ações concretas de solidariedade.
O financiamento do Vaticano provém de múltiplas fontes, sendo o turismo uma das principais, com a arrecadação oriunda das entradas aos museus e locais históricos que atraem milhões de visitantes anualmente. Soma-se a isso os donativos dos fiéis e contribuições das igrejas subordinadas ao Vaticano em todo o mundo.
O sistema conhecido como Óbulo de São Pedro centraliza as doações provenientes de dioceses globais, criando uma rede de suporte financeiro que sustenta as atividades da Santa Sé. Em 2023, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) registrou um balanço financeiro de aproximadamente R$ 280 milhões, valor que representa apenas uma fração do patrimônio total da instituição.
Estima-se que o Banco do Vaticano administre bens avaliados em cerca de 6 bilhões de dólares, embora especulações sugiram que o montante real possa ser ainda mais elevado. Este patrimônio inclui tesouros históricos, propriedades imobiliárias e investimentos diversos acumulados ao longo dos séculos de existência da Igreja.