O prefeito de Cajamar, Kauan Berto (PSD), negou neste sábado (08/03) qualquer relação entre o brutal assassinato de Vitória Regina, de 17 anos, e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ele afirmou que a cidade da Grande São Paulo é um local pacato, com baixos índices de criminalidade, e que a especulação sobre o envolvimento da facção prejudica as investigações e pode acabar comprometendo o resultado do trabalho das autoridades.
Prefeito de Cajamar sobre envolvimento do PCC no caso Vitória
“Desconheço qualquer tipo de atuação de PCC na cidade de Cajamar. Em 65 anos de Cajamar […] Nunca ouvi envolvimento de Cajamar com PCC”, declarou Berto em coletiva de imprensa.
A possível ligação do crime com a facção criminosa foi inicialmente levantada pelo delegado da Polícia Civil, Aldo Galiano, na última quarta-feira (05). Segundo ele, a decapitação e os sinais de tortura no corpo da jovem poderiam indicar ação do PCC.
No entanto, dois dias depois, na sexta-feira (07), o próprio delegado mudou a linha de investigação e apontou outro suspeito: o atual namorado de um ex-ficante de Vitória Regina, que supostamente teria envolvimento com a facção criminosa.
Prefeito de Cajamar (SP) critica especulações sobre o caso Vitória
O prefeito Kauan Berto destacou que essa e outras especulações, como suposições sobre a sexualidade do ex-ficante da adolescente, acabam desviando o foco das investigações e atraindo a imprensa sem ajudar a esclarecer o caso Vitória.
Desde o dia 26 de fevereiro, a Guarda Civil Municipal de Cajamar tem auxiliado nas buscas e na investigação. Neste sábado (08), os agentes encontraram tufos de cabelo perto do local onde o corpo foi desovado. Segundo Berto, a polícia demorou quatro horas para recolher esse material, que pode trazer novas pistas sobre o crime.