Confessou? Após notícia envolvendo suspeito de matar Vitória, delegado reage: ‘confissão é muito séria’

O assassinato da adolescente tem gerado forte repercussão na última semana.

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O delegado Aldo Galiano, responsável pela investigação do desaparecimento de Vitória Regina Souza, desmentiu informações sobre uma suposta confissão do principal suspeito do crime. Em declaração ao UOL News, Galiano esclareceu a situação atual do caso.

A equipe investigativa trabalha com a hipótese de que Maicol tenha agido sozinho, motivado por uma obsessão pela vítima. Esta linha de investigação ganhou força com a descoberta de uma coleção de fotografias da adolescente armazenadas no dispositivo móvel do suspeito, além de imagens de outras jovens com características físicas semelhantes às de Vitória.

Evidências técnicas indicam que o suspeito aproveitou-se de uma publicação feita por Vitória no Instagram, onde ela revelava estar sozinha a caminho do ponto de ônibus. Um detalhe crucial para os investigadores é que Maicol aparentemente sabia que o veículo do pai da adolescente estava com problemas mecânicos, o que deixava a jovem mais vulnerável em seus deslocamentos diários.

Delegado fala sobre suspeito após repercussão de suposta confissão

Aldo revelou que Maicol solicitou que a genitora comparecesse à delegacia. “Ele pediu a presença da mãe para conversar com o delegado. Até agora [a confissão] é especulação. Confissão é muito séria para se divulgar. Só após assinar e ser analisado o conjunto. Por enquanto, nada.“, explicou.

Maicol Antonio Sales dos Santos, detido em Cajamar, São Paulo, tornou-se o foco principal das investigações após a polícia descobrir um inquietante padrão de comportamento. Autoridades revelaram que o suspeito monitorava constantemente as redes sociais da jovem de 17 anos durante meses antes do seu desaparecimento, sugerindo uma preocupante fixação pela adolescente.

Suspeito tentou apagar evidências

Após se tornar alvo das investigações, o suspeito tentou apagar rastros digitais deletando as fotografias de seu telefone celular. Contudo, utilizando ferramentas forenses avançadas, a equipe policial conseguiu recuperar os arquivos apagados, reforçando as evidências contra o suspeito.

Entre o material recuperado do celular de Maicol, os investigadores encontraram não apenas as fotografias da vítima, mas também imagens preocupantes de facas e um revólver. Este achado levantou sérias suspeitas sobre o modo operacional utilizado no crime.

De acordo com o relatório policial, a arma de fogo pode ter sido utilizada para intimidar a adolescente, forçando-a a entrar no veículo do suspeito sem chamar atenção ou pedir socorro. Esta hipótese explicaria como o suspeito conseguiu sequestrar a vítima em um local público sem despertar suspeitas dos transeuntes.

A perícia continua analisando detalhadamente os dispositivos eletrônicos apreendidos, buscando mais elementos que possam esclarecer as circunstâncias do desaparecimento e possível homicídio da adolescente. Autoridades mantêm sigilo sobre algumas informações para não comprometer o andamento da investigação.