Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (18), o delegado Luiz Carlos do Carmo, responsável pelo caso de Vitória Regina de Souza, detalhou a possível motivação do crime e o comportamento do suspeito Maicol Salles dos Santos.
Segundo o delegado, Maicol tinha um histórico de perseguição obsessiva contra a vítima e, ao que tudo indica, cometeu o crime como uma forma de vingança. A investigação revelou que Maicol monitorava Vitória há meses por meio de redes sociais e registros de localização.
Maicol monitorava a vítima
De acordo com a perícia no celular do suspeito, ele visualizou uma publicação da jovem pouco antes de ela desaparecer. Testemunhas também afirmaram que ele foi visto nas proximidades do local onde o corpo foi encontrado, o que reforça a teoria de que ele premeditou o ataque.
O delegado descreveu Maicol como alguém meticuloso e calculista, que planejou cada detalhe do crime. Segundo ele, a escolha do local de desova do corpo, o uso de um capuz para não ser identificado e a tentativa de ocultação com ferramentas reforçam essa tese.
Além disso, a polícia encontrou no celular de Maicol diversas imagens de mulheres com características semelhantes às de Vitória. A hipótese de que o crime poderia ter sido motivado por um desejo frustrado ou uma obsessão não correspondida não foi descartada. Apesar da brutalidade do caso, os investigadores afirmam que Maicol agiu sem auxílio de terceiros.
Desaparecimento e morte de Vitória
Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro após sair do trabalho e pegar um ônibus para casa, em Cajamar, na Grande São Paulo. Seu corpo foi encontrado no dia 5 de março em uma área de mata. “Ele comentou que era apaixonado por ela”, disse o delegado sobre Maicol.