No último domingo (30), uma mulher foi detida em Goiânia (GO) sob suspeita de tentar comercializar sua filha de apenas 27 dias para uma empresária da região. A investigação, conduzida pela Polícia Civil de Goiás, resultou na prisão em flagrante de quatro pessoas pelo crime de tráfico de seres humanos, conforme relatado pelo delegado Humberto Teófilo.
As informações indicam que a mãe, enfrentando um quadro de depressão pós-parto, tinha a intenção de vender a criança. A mulher queria quitar dívidas de aluguel e financiar um curso de culinária.
Originária do Maranhão, ela teria viajado até Goiânia com o objetivo de dar à luz. A polícia chegou até ela graças a uma denúncia anônima que revelou a tentativa de negociação.
Interessada na adoção ilegal foi presa também
Além da mãe e da empresária interessada na adoção ilegal, foram presos o companheiro da suspeita. Ele chegou a registrar a criança sem ser o pai biológico.
Uma funcionária da empresária, que vivia com o casal e ajudou na intermediação da venda, também foi presa. Segundo o delegado, o pagamento ainda não havia sido efetuado, mas a mulher admitiu que receberia a quantia nos dias seguintes para custear gastos pessoais.
Conselho Tutelar está responsável pelo bebê
A criança foi resgatada e encaminhada ao Conselho Tutelar para garantir sua segurança e bem-estar. Casos semelhantes já ocorreram em Goiás. Em 2014, uma jovem de 24 anos foi presa por vender seu bebê a um empresário de 43 anos.
Na ocasião, a mãe pagou fiança e foi liberada, enquanto o comprador permaneceu detido após tentar registrar a criança como filho biológico. O crime veio à tona através de uma denúncia anônima, e os envolvidos foram enquadrados na legislação de tráfico de pessoas.