Léo Dias Mendonça Huff, filho da cantora Marília Mendonça (1995-2021) e do cantor Murilo Huff, de 5 anos, recentemente chamou a atenção ao aparecer utilizando um sensor para monitorar seus níveis de glicose. O menino foi diagnosticado com diabetes tipo 1 e, desde os dois anos de idade, convive com a condição crônica, que exige uma rotina de cuidados rigorosos, incluindo o uso do sensor de glicose e uma alimentação controlada.
A diabetes do tipo 1 é uma doença crônica autoimune, onde o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. A insulina é um hormônio fundamental para a regulação da glicose no sangue. A Dra. Renata Castro, médica pediatra, explicou em entrevista à CARAS Brasil que essa condição não é causada por fatores emocionais ou estilo de vida, mas eventos estressantes podem atuar como desencadeadores em indivíduos com predisposição.
Desafios no diagnóstico infantil
O diagnóstico da diabetes do tipo 1 em crianças pode apresentar desafios significativos. A médica alerta que os sintomas podem não ser específicos e, em alguns casos, podem ser confundidos com outras doenças comuns na infância. Essa particularidade torna a identificação precoce da condição mais complexa e exige atenção redobrada por parte de pais e profissionais de saúde.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, a diabetes do tipo 1 representa entre 5% e 10% do total de casos da doença. Diante desse cenário, a especialista reforça a importância de estar atento aos sinais e buscar avaliação médica caso haja suspeita. A detecção e o manejo adequados são cruciais para garantir a qualidade de vida das crianças com diabetes tipo 1 e prevenir complicações a longo prazo.
A rotina de cuidados para crianças com diabetes tipo 1 envolve o monitoramento constante da glicose, geralmente realizado através de sensores ou medições tradicionais, a administração de insulina (seja por injeções ou bomba de insulina) e um plano alimentar balanceado. A educação sobre a doença é fundamental para a criança e seus cuidadores, permitindo que eles compreendam a condição e participem ativamente do manejo diário.
Impacto na vida familiar
A convivência com a diabetes tipo 1 impacta a rotina familiar, exigindo adaptações e um acompanhamento contínuo. O apoio da família e da escola é essencial para que a criança possa levar uma vida o mais normal possível, participando de atividades e mantendo uma rotina saudável. A conscientização sobre a doença e a desmistificação de preconceitos são importantes para garantir a inclusão e o bem-estar das crianças com diabetes.
