A Agência Nacional de Vigilância Sanitária registrou um aumento significativo de notificações relacionadas à pasta de dente Colgate Clean Mint. Os consumidores brasileiros enviaram mais de 1.200 queixas sobre reações adversas causadas pelo produto até o final de maio deste ano.
O número representa um crescimento expressivo em comparação aos 13 casos inicialmente documentados quando as vendas foram interrompidas pela primeira vez. A pasta dental em questão corresponde à versão Clean Mint, que apresenta uma formulação renovada do tradicional Colgate Total 12.
Creme dental da Colgate causou reações em diversos consumidores
A Colgate implementou modificações tanto na composição química quanto na denominação comercial do produto. Essas alterações fizeram parte de uma estratégia de renovação da linha de produtos da empresa no mercado brasileiro.

As autoridades sanitárias suspenderam a comercialização do creme dental no dia 27 de março após receberem denúncias de consumidores. Os usuários reportaram sintomas como sensação de queimação, edema, úlceras orais, dor e irritações na cavidade bucal. Alguns casos apresentaram gravidade suficiente para afetar funções básicas como comunicação verbal e ingestão de alimentos.
Decisão judicial
A Colgate contestou a decisão e obteve êxito temporário na reversão da medida restritiva. O produto retornou às prateleiras no dia 30 de março, permanecendo disponível para venda durante aproximadamente um mês.
Contudo, a Anvisa revogou posteriormente essa autorização temporária devido ao crescimento contínuo de relatos de efeitos adversos. A agência reguladora mantém atualmente a proibição da comercialização e determinou a abertura de uma investigação técnica.
A reformulação do produto ocorreu em julho de 2024, quando a empresa substituiu o fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho como princípio ativo principal. Entretanto, os investigadores ainda não confirmaram se essa mudança específica representa o fator responsável pelos efeitos colaterais observados.
