O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que conversou por telefone com Manoel Marins, pai da publicitária Juliana Marins, que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha na Indonésia. Na ligação, o presidente afirmou ter determinado que o Ministério das Relações Exteriores ofereça todo o apoio necessário, incluindo o traslado do corpo para o Brasil.
A decisão foi anunciada um dia após o Itamaraty divulgar nota dizendo que não arcaria com os custos do traslado, com base na legislação brasileira, que define esse tipo de despesa como responsabilidade privada. A negativa gerou forte repercussão nas redes sociais, especialmente entre críticos do governo.
Governo foi criticado nas redes sociais
Alguns usuários chegaram a comparar o caso com ações anteriores do governo, como o envio de aeronave da FAB para buscar a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, e a mobilização da primeira-dama Janja no resgate de um cavalo durante enchentes no Rio Grande do Sul. Os episódios foram citados como exemplos de priorizações distintas por parte das autoridades.
Juliana, que era natural de Niterói (RJ), desapareceu na sexta-feira (20), após cair em uma trilha no Monte Rinjani, segundo maior vulcão da Indonésia. O corpo foi localizado na terça-feira (24), por equipes de resgate que enfrentaram dificuldades devido ao relevo e ao mau tempo.
Prefeitura de Niterói havia informado que arcaria com custos do traslado
Antes da declaração de Lula, a prefeitura de Niterói já havia informado que arcaria com os custos do traslado. O episódio reacendeu debates sobre o papel do Estado em situações emergenciais envolvendo brasileiros no exterior e sobre os limites impostos pela legislação atual.
