O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta segunda-feira (30), no Palácio do Planalto, o novo Plano Safra voltado à agricultura familiar. A iniciativa destina R$ 78,2 bilhões em financiamentos para o ciclo 2025-2026, com juros entre 0,5% e 8% ao ano por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No total, o pacote promete movimentar R$ 89 bilhões em ações como crédito rural, seguro agrícola e compras públicas.
O governo manteve os juros em 3% ao ano para alimentos básicos como arroz, feijão, leite e mandioca, e reduziu para 2% nos cultivos orgânicos ou agroecológicos. A política tem como foco fortalecer a produção de alimentos essenciais, com foco em práticas mais sustentáveis e menos uso de agrotóxicos.
Incentivo à produção orgânica e máquinas com juros reduzidos
Uma das principais novidades é o aumento no teto de financiamento para compra de máquinas menores, que passou de R$ 50 mil para R$ 100 mil, com taxa de 2,5% ao ano. Já os equipamentos maiores, de até R$ 250 mil, terão juros de 5%. O plano ainda inclui linhas de crédito específicas para agroecologia, irrigação sustentável e adaptação às mudanças climáticas.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou que o Plano Safra reafirma o compromisso do governo com a “soberania alimentar” e a redução do uso de produtos químicos. “Estamos incentivando a produção ecológica, menos dependente de venenos”, disse.
Mais crédito, conectividade e foco social no campo
A nova fase do plano também amplia recursos para áreas como conectividade rural, quintais produtivos, acessibilidade no campo e garantia de preço mínimo. Com um aumento de 3% em relação ao ano anterior, o programa reforça a posição do governo em promover o desenvolvimento rural com viés sustentável e inclusão social.