A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, nesta segunda-feira (30/06), que o governo federal realizará uma nova autópsia no corpo de Juliana Marins, jovem brasileira de 26 anos que morreu após cair de uma trilha no Monte Rinjani, vulcão conhecido na Indonésia.
O procedimento será feito no Brasil, com o objetivo de preservar e investigar eventuais evidências sobre as circunstâncias da morte. O caso de Juliana ganhou grande repercussão nacional após ficar dias à espera de um resgate.
Defensoria fala sobre nova autópsia em Juliana Marins
De acordo com informações da Defensoria Pública da União (DPU), o corpo de Juliana Marins deve desembarcar em solo brasileiro na próxima terça-feira (01/07) e a nova necropsia será feita em até seis horas após a chegada — uma medida técnica importante para evitar a perda de dados forenses relevantes.
A decisão surge após questionamentos da família sobre a versão divulgada pelas autoridades da Indonésia. Em coletiva de imprensa na semana passada, o médico legista Ida Bagus Alit afirmou que Juliana morreu por trauma contundente, causado pela queda no vulcão.
Família de Juliana Marins contesta autópsia de legista
Segundo o médico legista, Juliana Marins sofreu fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, o que levou a uma hemorragia interna fatal. No entanto, os familiares da brasileira contestaram a cronologia apresentada pela primeira autópsia.
Mariana Marins, irmã de Juliana, revelou ao jornal O Globo que soube do laudo da autópsia por meio da imprensa e não recebeu informações oficiais antes da coletiva. A família sustenta que há indícios de que a jovem teria sobrevivido por mais tempo após a queda, com base em registros de turistas, imagens de drones e relatos que apontam que ela ainda se movia após o acidente.
A controvérsia sobre o tempo de sobrevida e as condições do resgate, que levou quatro dias para ser concluído, aumenta a tensão sobre a condução do caso. A família tem cobrado respostas mais transparentes e considera que houve negligência por parte das autoridades locais.
