A morte de Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, empresário de 35 anos encontrado sem vida dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, segue sem solução um mês após o crime. A investigação conduzida pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) ainda não apontou suspeitos ou motivação, aumentando a angústia dos familiares.
“Precisamos dos culpados”, desabafou a esposa da vítima, a farmacêutica Fernanda Dândalo, em entrevista ao Estadão. Os laudos periciais revelaram que Adalberto morreu por asfixia, descartando a possibilidade de morte natural ou acidente.
Como nenhum item de valor foi levado — incluindo o carro, carteira e celular —, a polícia descartou a hipótese de latrocínio. Testemunhas, como amigos que estavam com ele em uma festa antes do desaparecimento e seguranças do evento, já foram ouvidos, mas não houve avanços concretos.
Investigação da morte de empresário
Outros elementos da investigação também não trouxeram respostas. Um laudo mostrou que não havia sinais de álcool ou drogas no corpo do empresário. As marcas de sangue encontradas em seu carro eram antigas e, segundo os peritos, não tinham relação com o crime. O DHPP elaborou mapas e croquis para tentar reconstituir os últimos passos de Adalberto naquela noite.
Ainda está pendente o resultado do exame do material encontrado sob as unhas do empresário. Esse laudo é considerado fundamental, pois pode revelar se houve luta corporal e, eventualmente, apontar o DNA de um possível agressor. A expectativa da família é de que essa análise traga finalmente uma direção para a apuração do caso.
Desabafo da esposa
“Nossa vida tem sido um inferno. Não temos informações sobre a investigação. Um mês sem nenhuma resposta”, afirmou Fernanda. Enquanto isso, cresce a frustração dos familiares diante da falta de respostas. A esposa da vítima tem feito apelos públicos por justiça e por mais celeridade nas investigações. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo declarou apenas que o caso segue sob sigilo e que os trabalhos continuam, mas sem apresentar novidades que apontem à autoria do crime.
