Um mês após a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, a investigação ganhou um novo capítulo com o resultado de exames periciais realizados no carro dele. A Polícia Técnico-Científica identificou vestígios de sangue de uma mulher no interior do veículo, o que gerou questionamentos sobre a possível participação feminina no caso. No entanto, a identidade da pessoa ainda não foi determinada.
Segundo os peritos, foram encontrados perfis genéticos de Adalberto e de uma mulher, mas o DNA feminino não pertence à esposa do empresário, como se suspeitava inicialmente. A informação foi confirmada por delegados da Polícia Civil e levada ao conhecimento do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso.
Sangue de mulher em carro não significa envolvimento na morte
A descoberta não significa necessariamente que uma mulher esteja envolvida no crime. Os investigadores trabalham com a hipótese de que o sangue possa estar no carro há mais tempo, antes do homicídio, o que ainda será avaliado com mais profundidade. A causa da morte de Adalberto foi asfixia, e o corpo dele foi encontrado dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, quatro dias após seu desaparecimento.
Cerca de 150 seguranças atuaram no evento de motos que ocorreu no dia do desaparecimento. Até o momento, 18 foram ouvidos pela polícia, mas nenhum foi formalmente acusado. A ausência de câmeras no local onde o corpo foi deixado dificultou o avanço da investigação, que segue apostando em recursos tecnológicos para identificar os responsáveis.
Linha de investigação
A principal linha de apuração continua focada em possíveis conflitos entre o empresário e membros da segurança do evento. A presença de um segundo perfil genético no carro, no entanto, adiciona uma nova camada de mistério e reforça o trabalho da polícia em buscar outras explicações para o homicídio.
