A Procuradoria-Geral da República pediu, na terça-feira, dia 14, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de integrar uma organização criminosa que conspirava para dar um golpe na democracia.
De acordo com informações da colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro afirmou a aliados que descarta uma fuga para os Estados Unidos, como muito se cogita, especialmente após a defesa pública feita por Donald Trump. Ele prioriza a proximidade com a família, especialmente com a esposa Michelle Bolsonaro, como fator decisivo para permanecer no país. Segundo a colunista, ele disse que “não suportaria ficar longe da mulher“.
Ele considera que, em caso de prisão em regime domiciliar, poderia manter o convívio diário com Michelle, além de receber visitas de filhos e netos. Outros aspectos influenciam essa posição, como a expectativa de uma possível anistia e preocupações com custos médicos elevados no exterior, já que a medicina privada nos Estados Unidos é bem cara. Segundo a colunista, ele ficou chocado com os preços quando esteve no país há dois anos. Seus aliados também não apoiam uma fuga, pois ele poderia ser visto como covarde.
Pedido de condenação e perspectivas jurídicas
O pedido da Procuradoria-Geral da República surge no contexto de investigações sobre tentativas de golpe contra instituições democráticas. Bolsonaro, que tem sido internado com certa frequência por questões de saúde, vê na estrutura médica brasileira uma alternativa mais acessível em comparação com o sistema privado americano. Seus aliados desaconselham uma saída do país, argumentando que isso poderia afetar sua imagem pública.
Vitória judicial de Michelle e contexto das acusações
Enquanto isso, Michelle Bolsonaro obteve uma decisão favorável na Justiça em uma ação contra declarações difamatórias. O desembargador Álvaro Ciarlini atendeu ao pedido da ex-primeira-dama e determinou, em sentença assinada na última sexta-feira, dia 11, a remoção de dois vídeos nos quais a apresentadora de podcast Teônia Mikaelly Pereira de Sousa a chamou de “ex-garota de programa”. A ação também incluiu a Meta, empresa dona do Instagram, com prazo de até 48 horas para retirar os vídeos, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, que pode chegar a R$ 300 mil, além de potenciais sanções penais.
As declarações de Teônia ocorreram durante uma comparação entre Michelle e a atual primeira-dama, Janja Lula da Silva. Teônia disse que Michelle é “ex-garota de programa” e que seus familiares “têm passagem pela polícia”.
