A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (18/7), dois mandados de busca e apreensão em Brasília: um na residência do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e outro na sede do Partido Liberal (PL), legenda à qual ele é filiado. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além das buscas, Moraes determinou medidas cautelares contra Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. O equipamento foi instalado na sede da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, onde o ex-presidente esteve durante a manhã.
Bolsonaro fala que foi humilhado
Ao deixar o local, Bolsonaro criticou a decisão do ministro e afirmou estar passando por uma “suprema humilhação”. Ele declarou que sofreu um exagero por parte da Justiça. Bolsonaro lembrou que tem 70 anos.
Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu documentos, R$ 7 mil em espécie e aproximadamente US$ 14 mil na casa de Bolsonaro. Questionado sobre os valores, ele afirmou que o montante em dólares é legal e que os saques foram realizados no Banco do Brasil, com comprovantes.
Ex-presidente defende Eduardo Bolsonaro, que está licenciado fora do Brasil
Bolsonaro negou qualquer intenção de fugir do país e voltou a se dizer vítima de perseguição. Ele também defendeu o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos.
O ex-presidente recomendou que Eduardo não volte e disse que “se ele vier para cá, ele vai ter problemas. Ele não articulou pró-tarifaço. O tarifaço, a tarifa de 50% foi do presidente dos Estados Unidos”. Bolsonaro destacou que o filho tem um bom relacionamento com o parlamento estadunidense e também com pessoas da Casa Branca.
A defesa de Jair Bolsonaro recebeu com surpresa a decisão de Moraes. Os advogados do político comunicaram que irão se manifestar apenas depois de ter conhecimento da decisão judicial.
