Vídeo – Bolsonaro tem entrevista interrompida por limite da tornozeleira eletrônica: ‘sua assessoria pediu’

Entrevista ao jornalista Túlio Amâncio é encerrada às 17h para que ex-presidente cumpra medida cautelar de monitoramento eletrônico.

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Nesta sexta-feira, 18 de julho, uma entrevista concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao jornalista Túlio Amâncio, da BandNews, foi abruptamente encerrada. O motivo foi um alerta sobre o horário limite imposto pela tornozeleira eletrônica que Bolsonaro passou a usar na manhã do mesmo dia.

O repórter Túlio Amâncio interrompeu a conversa às 17h, alertando Bolsonaro sobre a necessidade de retornar à sua residência a tempo, em conformidade com as condições de seu monitoramento eletrônico. “Presidente, a gente já vai encaminhando para o fim porque o senhor tem que ir pra casa por causa da medida cautelar, pelo trânsito e tal, sua assessoria pediu para que a gente encerrasse antes das 17h”, declarou.

O marido de Michelle Bolsonaro não quis exibir a tornozeleira eletrônica durante a conversa: “É constrangedor. É humilhante, degradante, eu tenho vergonha de falar que estou com uma tornozeleira”.

Pen drive apreendido na casa de Bolsonaro

Jair Bolsonaro comentou a respeito do pen drive que foi achado em seu banheiro. Ele relatou que alguém pediu para usar o banheiro e, ao retornar, já estava com o dispositivo em mãos. Bolsonaro afirmou nunca ter usado um pen drive na vida, destacando que nem mesmo possui um laptop em casa para abri-lo, o que o deixa preocupado. Ele disse ainda não saber a procedência do pen drive e confirmou que irá perguntar à sua esposa, Michelle Bolsonaro, se o objeto pertence a ela, expressando surpresa com a situação.

Restrição a liberdade de Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro não está detido, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) impôs medidas cautelares significativas que restringem sua liberdade. Entre as determinações, ele deve usar uma tornozeleira eletrônica e cumprir recolhimento domiciliar noturno das 19h às 7h.

Além disso, Bolsonaro está proibido de usar redes sociais e de ter contato com outros investigados, diplomatas estrangeiros ou se aproximar de embaixadas. A decisão do ministro Alexandre de Moraes deixa claro que o descumprimento de qualquer uma dessas medidas pode resultar em sua prisão.