Autoridades da Coreia do Sul identificaram um erro grave cometido pela tripulação como possível causa da queda do voo Jeju Air 2216, que deixou 179 mortos. Segundo a investigação, os pilotos desligaram o motor errado após uma colisão com aves momentos antes do pouso. O motor esquerdo, que foi desligado, apresentava menos danos que o direito, que permaneceu funcionando.
A descoberta se baseia em análise de dados da caixa preta, gravações da cabine e componentes encontrados nos destroços do avião. A informação foi repassada à imprensa por uma fonte com conhecimento do caso, embora o relatório oficial ainda não tenha sido divulgado. O episódio se tornou o acidente aéreo mais mortal em solo sul-coreano.
Oposição à divulgação do relatório preliminar
Apesar da força das evidências, familiares das vítimas se opuseram à divulgação do relatório preliminar. Eles alegam que o texto poderia ser interpretado como um julgamento definitivo dos pilotos, sem considerar outros fatores envolvidos no desastre. Organizações que os representam pedem uma análise mais ampla das responsabilidades.
Entre as preocupações está a estrutura do aeroporto, onde o avião ultrapassou a pista e colidiu com um muro que abrigava equipamentos de navegação. O impacto causou uma explosão parcial e contribuiu para o elevado número de vítimas. Especialistas acreditam que o local não estava preparado para um pouso de emergência.
Sindicato se manifesta
O sindicato dos pilotos também se manifestou, acusando os investigadores de simplificar as causas do acidente. Para a entidade, ainda não há provas suficientes de que o avião poderia ter pousado com segurança com apenas um motor funcional. A apuração oficial deve seguir até a publicação do relatório final, prevista para dezembro de 2025.
