Uma investigação conduzida pela Coreia do Sul revelou evidências claras de que os pilotos do voo Jeju Air 2216 desligaram o motor errado após uma colisão com pássaros. O acidente ocorreu em 29 de dezembro de 2024 e resultou na morte de 179 pessoas, com apenas dois sobreviventes.
Segundo a agência Reuters, a conclusão foi baseada em dados do gravador de voz da cabine, registros do computador de voo e em um interruptor do motor encontrado em maio entre os destroços. A fonte que divulgou as informações não teve seu nome revelado.
O relatório preliminar aponta que os pilotos desligaram o motor esquerdo, que estava menos danificado, enquanto o motor direito, mais comprometido pela colisão, continuou funcionando. A decisão teria sido tomada durante procedimentos de emergência pouco antes do pouso previsto.
Informações oficiais e repercussão
Uma fonte do governo informou que a análise dos motores não detectou falhas anteriores à colisão. A queda do Boeing 737-800 no Aeroporto de Muan foi o acidente aéreo mais fatal já registrado em solo sul-coreano.
Durante uma coletiva com os familiares das vítimas, no sábado, os investigadores relataram que o motor direito sofreu danos mais severos. Eles também apresentaram indícios circunstanciais de que o motor esquerdo, menos danificado, foi desligado incorretamente.
Posicionamentos das entidades envolvidas
Veículos de comunicação da Coreia do Sul, como MBN e Yonhap, divulgaram os detalhes da coletiva nos dias 19 e 20 de julho. A Boeing declarou que direcionou os pedidos de informações para a ARAIB, órgão responsável pela investigação. A CFM International, fabricante dos motores, ainda não se pronunciou.
A Jeju Air afirmou que colabora com as apurações e aguarda o relatório final. De acordo com normas internacionais, o relatório conclusivo sobre o acidente deve ser divulgado dentro de um ano após a tragédia. A investigação considera múltiplos fatores que possam ter contribuído para a queda da aeronave.