‘Assassino de cidades’: Nasa faz comunicado sobre asteroide gigante

A rocha espacial está sendo acompanhada por cientistas de várias partes do mundo.

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Um asteroide do tamanho de um prédio pode colidir com a Lua em 2032, segundo informações da Nasa. A rocha espacial, batizada de 2024 YR4, possui 60 metros de diâmetro e tem chamado a atenção dos cientistas.

Estima-se que a probabilidade de impacto seja de 4,3%, um leve aumento em relação à estimativa anterior de 3,8%. Apesar de parecer pequena, essa chance vem crescendo conforme os cálculos são atualizados.

De acordo com o professor Paul Wiegert, da Western University, no Reino Unido, o impacto poderia ocorrer no lado da Lua visível da Terra. Caso aconteça, a colisão provocará um clarão que poderá ser visto a olho nu por vários segundos.

Impacto criaria cratera de 1 km

O choque entre o asteroide e a superfície lunar resultaria em uma cratera de aproximadamente 1 quilômetro de diâmetro. Seria o maior impacto registrado na Lua nos últimos cinco mil anos, segundo estimativas do estudo. A colisão liberaria até 100 milhões de quilos de rochas e poeira lunar.

Como a Lua não possui atmosfera, os detritos se espalhariam livremente por sua superfície, sem resistência. Além dos efeitos locais, fragmentos menores poderiam ser lançados para o espaço. Parte deles poderia atingir satélites artificiais ou sondas em órbita ao redor da Terra, ou da própria Lua.

Satélites e missões podem ser afetados

Entre os possíveis alvos estão satélites usados para comunicação, GPS, monitoramento climático e missões espaciais. Wiegert alerta que fragmentos com tamanho de um cubo de açúcar, viajando em alta velocidade, podem causar danos significativos.

Apesar dos riscos, ele afirma que não há perigo para quem estiver na superfície da Terra. A atmosfera terrestre seria suficiente para queimar qualquer fragmento antes que atinja o solo.

O 2024 YR4 chegou a ser considerado uma possível ameaça ao próprio planeta. Por isso, foi apelidado de “assassino de cidades”, em referência ao impacto que causaria se atingisse áreas habitadas.