Caso Pedrinho: padrasto teria dado duas versões sobre morte de menino

Menino estava sob os cuidados do padrasto quando precisou de atendimento médico e morreu.

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A Polícia Civil de Santa Isabel investiga contradições no relato do padrasto de Pedrinho, menino de dois anos encontrado inconsciente no banheiro de casa no Parque São Benedito. Segundo informações obtidas pela família e repassadas à polícia, o homem deu pelo menos duas versões diferentes sobre o que teria acontecido com a criança no momento de sua morte.

Inicialmente, o padrasto teria dito que o menino escorregou durante o banho e bateu a cabeça, o que teria provocado uma parada cardíaca. Depois, ao ser atendido no hospital, relatou que Pedrinho havia rolado uma escada antes de ser levado ao pronto-socorro. O enfermeiro que recebeu o menino, no entanto, apontou sinais de asfixia, e não constatou hematomas na cabeça, o que enfraquece a versão de queda.

Morte suspeita

A delegacia de Santa Isabel confirmou que o caso foi registrado como morte suspeita e que um inquérito foi aberto. O delegado responsável, Rogério Alves Pereira, declarou que ainda aguarda o laudo necroscópico para esclarecer a causa da morte, já que não foram identificadas lesões aparentes no corpo da criança.

A inconsistência nas declarações do padrasto acendeu um alerta para a família de Pedrinho, que não acredita na versão de acidente doméstico. A avó materna do menino, Chaiana Simão de Deus Reis, já havia relatado um histórico de violência doméstica envolvendo o suspeito e sua filha, mãe da criança.

Laudo necroscópico é aguardado

Enquanto o laudo oficial não é finalizado, a polícia continua colhendo depoimentos de familiares e testemunhas. A reconstituição precisa dos fatos será fundamental para entender o que realmente aconteceu naquela noite e se há elementos para responsabilizar criminalmente o padrasto.