Defesa de homem que agrediu namorada com 60 socos faz pedido e recebe resposta: ‘já está em cela de seguro’

Defesa fez pedido para que ele ficasse em cela individual temendo que ele pode ser agredido.

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A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (SEAP) negou o pedido da defesa de Igor Eduardo Pereira Cabral para que ele fosse mantido em cela individual. O homem foi flagrado por câmeras agredindo brutalmente a namorada com 61 socos dentro de um elevador, em Natal (RN), e segue preso no Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim.

A solicitação tinha como objetivo preservar a integridade física de Igor, mas o órgão explicou que o acusado já está em uma cela de segurança com outros seis detentos. Segundo a SEAP, o CRT é destinado à custódia provisória de presos que passam por avaliação técnica e multidisciplinar antes de serem transferidos para outra unidade do sistema prisional.

Secretaria emite nota

A secretaria esclareceu, por meio de nota, que não há estrutura de celas individuais no local, a não ser para aplicação de sanções disciplinares. “Recebemos o documento, mas não tem como atender. Ele já está em cela de seguro. Celas individuais só existem para sanções disciplinares”, declarou o órgão.

A cela onde Igor está atualmente abriga presos que não podem conviver com o restante da população carcerária, por motivos de segurança. A política de separação segue critérios como vínculos com organizações criminosas, risco de retaliações e perfil de convivência. Por enquanto, não há previsão para sua transferência para outro presídio.

Comoção nacional em torno da agressão

O caso gerou comoção nacional após a divulgação das imagens do circuito interno do prédio onde Igor aparece desferindo dezenas de golpes contra a namorada. Ele foi preso no dia seguinte ao crime, que aconteceu dentro do elevador do condomínio onde o casal morava. A vítima prestou depoimento e recebeu apoio psicológico após o episódio.

A defesa ainda não se manifestou sobre a negativa oficial da SEAP. Igor continuará no CRT até o fim da triagem, quando as autoridades definirão a unidade mais adequada para o cumprimento da prisão preventiva.