O cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, responsável pela reconstrução facial de Juliana Soares, de 35 anos, afirmou que as fraturas encontradas após a agressão sofrida por ela em Natal foram semelhantes às causadas por um acidente de carro. A vítima foi brutalmente espancada dentro de um elevador pelo então namorado, que desferiu 61 socos em seu rosto, deixando sequelas graves.
Segundo o profissional, o padrão das fraturas observadas durante a cirurgia não é comum em casos de agressão física. Ele destacou a complexidade da operação e o impacto da violência sofrida pela vítima. “Foram múltiplas fraturas e incontáveis fragmentos grandes e pequenos”, explicou Kerlison, detalhando a gravidade do trauma que precisou ser reparado em uma cirurgia delicada.
Vítima tinha vários ossos quebrados
O cirurgião relatou que o caso exigiu uma abordagem similar à utilizada em pacientes vítimas de acidentes automobilísticos. “Digo isso pelo padrão de fraturas: não se tem esse padrão que vimos quando se trata de agressão física”, pontuou. Ele revelou ainda que o rosto de Juliana estava completamente comprometido, com ossos quebrados em várias direções.
A cirurgia de reconstrução da face, realizada por uma equipe especializada, foi considerada bem-sucedida, embora o processo de recuperação de Juliana deva ser longo. A mulher segue recebendo acompanhamento médico e psicológico após o episódio de violência que causou comoção nacional.
Agressor foi preso
O agressor foi preso logo depois das agressões. Nesta sexta-feira, mesmo dia da cirurgia na vítima, ele foi transferido de presídio. O caso tem gerado intensos debates sobre a violência contra a mulher no Brasil e a urgência de medidas mais eficazes de proteção.
