O cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, que liderou a cirurgia de reconstrução da face de Juliana Soares, deu detalhes sobre a complexidade do procedimento após a mulher ter sido brutalmente agredida com 61 socos dentro de um elevador em Natal. Ele afirmou que as fraturas observadas durante a operação lembravam as causadas por um acidente automobilístico, tamanha a violência do impacto.
Em entrevista ao UOL, o profissional declarou: “Digo isso pelo padrão de fraturas: não se tem esse padrão que vimos quando se trata de agressão física”. Segundo ele, a estrutura facial de Juliana estava completamente comprometida. A paciente sofreu fraturas múltiplas, com diversos fragmentos grandes e pequenos, que exigiram uma reconstrução cuidadosa e de alta complexidade.
Equipe de especialistas fez a cirurgia
A cirurgia foi realizada por uma equipe de especialistas em trauma facial, e o cirurgião ressaltou que o caso não é comum mesmo entre vítimas de violência doméstica. As imagens internas do rosto de Juliana revelaram danos extensos e delicados, o que demandou planejamento minucioso antes da intervenção. Juliana segue em recuperação e sob cuidados médicos.
O caso gerou comoção no país após a divulgação das imagens das agressões, que ocorreram dentro do elevador do prédio onde o casal residia. O cirurgião destacou que o processo de reabilitação física e emocional será longo e dependerá também de suporte psicológico.
Agressor preso
O agressor, que havia fugido após o crime, foi localizado e preso pela polícia. Ele deve responder judicialmente pelas agressões, que deixaram marcas profundas na vítima e reacenderam o debate sobre os casos de violência contra a mulher no Brasil.