Em 8 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a família Bolsonaro durante um evento no qual anunciava investimentos para o estado do Acre. No seu discurso, Lula dirigiu-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem descreveu como ignorante e rude, mencionando que o ex-mandatário teria instruído o próprio filho a ir aos Estados Unidos para solicitar uma intervenção contra o governo brasileiro. O atual presidente declarou ainda que Bolsonaro enfrentaria as consequências de seus atos por meio de um processo judicial.
Durante um discurso, Lula acusou o deputado federal Eduardo Bolsonaro de trair o Brasil. “Esse moleque é traidor de 215 milhões de brasileiros com o prejuízo que os Estados Unidos está dando para esse país”, acrescentou.
Prisão domiciliar de Bolsonaro
Após a recusa de Bolsonaro em seguir as medidas cautelares impostas, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão domiciliar do ex-presidente na segunda-feira, dia 4 de agosto.
Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o réu, Jair Bolsonaro, desrespeitou as medidas cautelares ao utilizar as redes sociais de seus aliados. Essa proibição foi violada com a ajuda de seus três filhos parlamentares, que permitiram que Bolsonaro divulgasse mensagens em suas contas. O ministro destacou que o conteúdo dessas publicações incentivava ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoiava uma intervenção estrangeira no Poder Judiciário do Brasil.
Argumento do ministro
Moraes ressaltou que uma das postagens, feita na conta do senador Flávio Bolsonaro, buscava repercutir manifestações a favor de seu pai. Para o ministro, o desrespeito às medidas cautelares foi “tão óbvio” que o próprio filho do réu removeu a postagem de seu perfil no Instagram na tentativa de esconder a infração.
