O velório de Laudemir de Souza Fernandes, gari de 44 anos assassinado enquanto trabalhava, foi marcado por homenagens e forte comoção nesta terça-feira (12), na Igreja Quadrangular, em Nova Contagem, na Grande Belo Horizonte. Familiares e amigos se reuniram para se despedir do trabalhador, que foi morto com um tiro no abdômen durante uma discussão de trânsito no bairro Vista Alegre.
Vestindo o uniforme laranja que o padrasto usava diariamente, Jéssica França, enteada de Laudemir, expressou a dor da perda e a indignação da família. Ela relembrou o carinho que ele tinha pela profissão e lamentou que, mesmo tendo a chance de mudar de função, ele preferiu continuar como gari por amor ao trabalho. Segundo Jéssica, “ele morreu fazendo o que amava”, e isso torna a tragédia ainda mais dolorosa para todos.
Desabafo de enteada no velório de Laudemir
Jéssica relatou que a notícia da morte chegou de forma abrupta e dolorosa. Inicialmente, a família foi informada de que Laudemir havia se machucado, mas logo souberam que ele havia sido baleado. A jovem destacou que o padrasto era um homem protetor, que cuidava da família e estava planejando uma viagem à praia com todos.
Durante o velório, Jéssica também falou sobre a revolta diante da violência sofrida por Laudemir. Ela mencionou que o autor do disparo, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, teria agido de forma agressiva e desproporcional. Segundo relatos, o suspeito ameaçou a motorista do caminhão de coleta antes de atirar contra o gari, que foi socorrido, mas não resistiu.
Justiça por Laudemir
A enteada afirmou que a família está determinada a buscar Justiça. Ela ressaltou que a sensação de impotência é grande, mas que todos estão unidos para garantir que o crime não fique impune. A brutalidade do assassinato deixou os parentes desolados, especialmente pela forma como tudo aconteceu: enquanto Laudemir cumpria seu trabalho, foi alvo de um ato violento e inesperado.
