Imagens de câmeras de segurança mostraram que os nove funcionários mortos na explosão da fábrica de explosivos Enaex Brasil, em Quatro Barras (PR), não manipulavam material perigoso no momento do acidente. Segundo a delegada Géssica Andrade, eles haviam acabado de chegar para o turno da manhã e se reuniram para uma oração pouco antes da detonação. O caso ocorreu na terça-feira (12) e também deixou sete feridos sem gravidade.
As gravações, que não foram divulgadas pela Polícia Civil, mostram as vítimas colocando os equipamentos de segurança e, em seguida, formando um círculo para rezar. “Os nove chegam para trabalhar, colocam o equipamento de segurança e se reúnem ali para fazer uma prece. É o momento em que a imagem é cortada e tem a explosão”, relatou a delegada. A investigação agora vai ouvir duas sobreviventes que deixaram o local minutos antes da tragédia.
DNA será necessário para identificação dos corpos
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, informou que os corpos ficaram fragmentados devido à força do impacto, sendo necessário identificar as vítimas por exame de DNA. O trabalho está sendo realizado pela Polícia Científica com material genético fornecido pelas famílias.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o explosivo envolvido possui grande potencial destrutivo e deixou uma cratera no local. Mesmo com o estrago, a corporação afirmou que a empresa estava regular quanto às normas de segurança. O Esquadrão Antibombas vai analisar o material que permaneceu no terreno.
Vítimas identificadas
A Enaex Brasil, que divulgou os nomes das vítimas, lamentou o acidente e afirmou que presta apoio aos familiares. Em nota, destacou que segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e ressaltou que a prioridade é o acolhimento das famílias atingidas.