Tamara D’Acunto, 45 anos, e o músico Luigi Di Sarno, 52, morreram após consumirem alimentos contaminados na cidade litorânea de Diamante, no sul da Itália. Embora tenham comprado os lanches em barracas diferentes, ambos adquiriram os produtos na mesma região turística, que recebe grande fluxo de visitantes durante o verão. Tamara chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu às complicações neurológicas provocadas pela toxina botulínica.
O botulismo, doença rara e potencialmente letal, é causado pela ingestão de toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Essa substância compromete o funcionamento do sistema nervoso, podendo provocar paralisia muscular, dificuldade para respirar e, em casos graves, levar à morte por falência respiratória. A contaminação costuma estar associada a falhas no preparo e armazenamento de alimentos, especialmente os que necessitam refrigeração constante.
Sintomas nas vítimas
De acordo com as autoridades de saúde, os primeiros sintomas nas vítimas surgiram entre um e dois dias após a ingestão dos lanches. Pelo menos dois adolescentes também estão hospitalizados. O surto levantou preocupações sobre a segurança de vegetais prontos para consumo e vendidos em temperaturas elevadas, como ocorre em food trucks e feiras ao ar livre.
As investigações envolvem nove suspeitos: o proprietário de um dos food trucks, três funcionários da empresa que fornecia os vegetais e cinco médicos que atenderam os primeiros pacientes. Os profissionais de saúde são investigados por suposta negligência, já que a demora no diagnóstico pode ter reduzido a eficácia do tratamento com antitoxinas.
Como evitar a morte por botulismo
O Ministério da Saúde italiano informou que intensificará a fiscalização em pequenos comércios e ampliará o controle sobre alimentos perecíveis vendidos em espaços públicos. Especialistas reforçam que a agilidade no reconhecimento dos sintomas e no início do tratamento é determinante para evitar mortes por botulismo.
