Essa seria a fortuna de Hytalo Santos, influenciador preso acusado de exploração infantil

Hytalo Santos e e o marido Israel são acusados de exploração sexual infantil, trabalho infantil artístico irregular e tráfico de pessoas.

PUBLICIDADE

O influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente na sexta-feira, 15 de agosto, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A prisão foi decretada pelo juiz Antonio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara de Bayeux (PB), a pedido do Ministério Público da Paraíba, que investiga o casal por suspeita de exploração sexual infantil, trabalho infantil artístico irregular e tráfico de pessoas.  A defesa do casal já entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça da Paraíba pedindo a revogação da prisão.

Investigação apura denúncias de exploração e abuso

Segundo a denúncia, o casal utilizava as redes sociais para explorar menores de idade, expondo-os em vídeos com conteúdo impróprio e sugestivo. O juiz justificou a prisão preventiva argumentando que havia risco de destruição de provas e coação de testemunhas. A investigação, que tramita desde 2020, apura também a possível produção e comercialização de conteúdo adulto em redes privadas.

Segundo divulgado pelo colunista Leo Dias, a fortuna de Hytalo Santos seria em torno de 50 milhões de reais, patrimônio acumulado com monetizações em redes sociais e publicidades em seu perfil.

Defesa alega que não há motivos para prisão preventiva

A defesa de Hytalo Santos e Israel Nata Vicente argumenta que, como a investigação já está em andamento há algum tempo, não haveria necessidade de decretar a prisão preventiva neste momento.  “Entendemos que os fatos já vinham sendo apurados há algum tempo e nunca foi vista nenhuma irregularidade pelo Ministério Público”, declarou o advogado Sean Abib, um dos responsáveis pela defesa do influenciador. O habeas corpus apresentado ao Tribunal de Justiça da Paraíba será analisado por um desembargador plantonista.

Polêmica envolvendo “casa de influenciadores”

A investigação aponta que Hytalo Santos mantinha uma “casa de influenciadores”, onde adolescentes viviam sob sua supervisão em um formato semelhante a um reality show. Relatos indicam que os menores apareciam em vídeos usando roupas inapropriadas, realizando danças sugestivas e insinuando práticas sexuais. Esses elementos, segundo o Ministério Público, sugerem a possível produção e comercialização de material pornográfico, visando aumentar o engajamento nas redes sociais e gerar lucros para o casal.

Crimes investigados incluem tráfico de pessoas e trabalho infantil

Além da exploração sexual infantil, Hytalo Santos e Israel Nata Vicente são investigados por tráfico de pessoas e trabalho infantil artístico irregular. O crime de tráfico de pessoas consiste em agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, por meio de grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, para fins de exploração.

Já o trabalho infantil artístico irregular se configura pela participação de crianças ou adolescentes em produções artísticas sem autorização judicial ou em condições inadequadas.  A defesa do influenciador afirma que ele nega todas as acusações e está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos.