Eweline Passos Rodrigues, também conhecida como Diaba Loira, foi encontrada morta na noite de quinta-feira, 14 de agosto. O corpo dela, que estava na Rua Cametá, no bairro de Cascadura, Zona Norte do Rio de Janeiro, apresentava marcas de tiros na cabeça e no peito e estava enrolado em um lençol. Antes de se envolver com as facções criminosas Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro, Eweline vendia trufas de chocolate para pagar seus estudos e tinha o sonho de cursar faculdade de direito.
A vida de Ewline tomou um rumo drástico. Antes, ela era uma empreendedora digital, vendendo doces, maquiagens e perfumes pela internet. Casada e mãe de dois filhos, ela compartilhava sua rotina e momentos importantes nas redes sociais. No entanto, após uma tentativa de feminicídio em Santa Catarina por seu ex-marido e pai de seus filhos, sua vida mudou completamente. Esse evento traumático a levou a entrar no tráfico de drogas no Rio de Janeiro, um caminho que resultou em sua morte.
Morte de Diaba Loira
A mulher era alvo de uma busca conjunta pelo Setor de Inteligência da Polícia Militar de Santa Catarina e por forças de segurança do Rio de Janeiro. Eweline, que teria se envolvido com atividades criminosas após sobreviver a uma tentativa de feminicídio perpetrada por seu ex-marido, era conhecida por exibir armamento de grande porte, como fuzis e pistolas.
O delegado André Luiz Bermudez Pereira, da 5ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Tubarão, em Santa Catarina, mencionou ter tido um primeiro contato com a mulher em um caso de 2022. Naquela época, ela havia ido à residência do ex-companheiro para pegar o filho, e foi atacada com uma facada que lhe perfurou um dos pulmões, necessitando de uma cirurgia de emergência.
O que o delegado disse na época
O delegado relatou: “A primeira vez que me deparei com a Eweline foi quando ela foi vítima de uma tentativa de feminicídio. Ela levou uma facada do ex-companheiro. O sujeito e a família dela alegavam que ela havia se apossado de uma quantia em dinheiro dele”.
