Sther Barroso dos Santos, de 19 anos, sonhava com um novo começo em 2025. “Vai ser o melhor ano da minha vida”, foi a frase escrita por ela um caderno. Porém, na madrugada de domingo (17), esses planos foram interrompidos quando a jovem foi espancada até a morte na comunidade da Coreia, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com testemunhas, Sther estava em um baile funk quando se recusou a deixar o local acompanhada de um traficante. A atitude teria motivado a violência. O principal suspeito é Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, apontado como chefe do tráfico no Muquiço, em Guadalupe, área também controlada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP).
Corpo da jovem foi deixado em frente à casa dela
A família relatou que a jovem foi deixada em frente de casa já sem vida e com marcas de agressões. Ainda assim, parentes tentaram socorrê-la, levando-a ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, onde os médicos apenas confirmaram o óbito. O caso gerou comoção entre amigos e vizinhos.
Nas redes sociais, conhecidos compartilharam as anotações de Sther com seus sonhos para o futuro: terminar a escola, fazer cursos, adotar um cachorro e focar em uma vida mais saudável. “Ela tinha tantos sonhos… Queria estudar, trabalhar, mudar de vida. Isso foi arrancado dela de uma maneira cruel”,
Feminicídio
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam que, apenas no primeiro semestre de 2025, 49 mulheres foram assassinadas em casos classificados como feminicídio no estado do Rio. Com a morte de Sther e de outras vítimas recentes, esse número deve crescer ainda mais, evidenciando a urgência de políticas de proteção às mulheres.
