O caso do cavalo mutilado em Bananal, no interior de São Paulo, continua a repercutir em todo o país. O animal teve as patas decepadas no último fim de semana e acabou morrendo, levantando uma onda de indignação contra os maus-tratos. Desde então, a Polícia Civil segue conduzindo investigações para esclarecer os detalhes do crime.
Nesta quarta-feira (20), uma nova perícia será realizada na região, com a presença de agentes da Polícia Civil de São José dos Campos (SP) e veterinários. O objetivo principal é identificar se o cavalo ainda estava vivo no momento da mutilação ou se as lesões foram feitas após a morte. A questão é vista como fundamental para a conclusão do inquérito.
Tutor prestou depoimento
O tutor do animal, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, já admitiu em depoimento ter mutilado o cavalo. No entanto, ele afirma que o ato ocorreu apenas depois da morte. “O autor disse o cavalo já estava morto. Que o cavalo não conseguia subir uma ladeira, morreu e que, depois da morte, ele decepou as partes do cavalo”, relatou o delegado Rubens Luiz Fonseca Melo.
O delegado destacou que, independentemente do momento em que a mutilação foi feita, o caso já configura maus-tratos. Isso porque o cavalo percorreu cerca de 14 quilômetros em um trajeto íngreme, o que pode ter levado ao seu esgotamento. Após a morte, o corpo ainda foi arrastado por aproximadamente 760 metros até ser descartado em uma vala, segundo a investigação.
Vivo ou morto
Veterinários especializados acompanharão as próximas análises, incluindo a necropsia, para determinar a causa exata da morte e confirmar se os ferimentos foram causados em vida. “Só o médico veterinário consegue fazer uma avaliação técnica (para descobrir) se o animal estava vivo ou morto durante a retirada da pata”, explicou a perita Luana Tavares Chaves.
