‘Dar mais uma porrada nele’: as mensagens que Eduardo Bolsonaro mandou para o pai

Eduardo Bolsonaro e seu pai foram indiciados pela Polícia Federal e o caso segue sendo investigado.

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A Polícia Federal indiciou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de obstrução de Justiça. O indiciamento está relacionado ao inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado.

O relatório da PF detalha uma troca de mensagens entre os dois que serve como base para a acusação. A troca de mensagens ocorreu após uma entrevista do ex-presidente, em que ele abordou o conflito de seu filho com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Eduardo Bolsonaro manifestou irritação com as declarações do pai.

Nas mensagens, o deputado se mostrou ofendido e usou palavras de baixo calão para se referir ao pai, chegando a dizer: “Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende”. Ele também demonstrou preocupação com as declarações do pai e como elas poderiam afetar sua posição política.

Detalhes das acusações

O relatório da PF aponta que as mensagens revelam a preocupação de Eduardo Bolsonaro com as consequências políticas das declarações do pai, especialmente em relação à sua atuação nos Estados Unidos. O documento cita que ele temia que as palavras de Jair Bolsonaro impactassem negativamente sua suposta influência no exterior.

Eduardo Bolsonaro teria expressado que isso poderia decretar o resto da sua vida nos EUA. A investigação também encontrou um arquivo no celular do ex-presidente com um pedido de asilo político na Argentina. De acordo com a PF, esse documento demonstra que Bolsonaro. O objetivo seria, segundo a investigação, impedir a aplicação da lei penal.

Evidências no celular de Bolsonaro

O arquivo de pedido de asilo político encontrado no celular de Bolsonaro foi o que levou a PF a aprofundar a investigação. A Polícia Federal considera que o documento é uma evidência de que ele buscou meios para fugir do país.

O plano de fuga teria sido iniciado em fevereiro de 2024. O indiciamento dos dois se baseia nesse conjunto de evidências e conversas. O caso agora segue para a Justiça, onde as acusações serão analisadas.