Vídeo: após ser agredido com pilha de livros pela professora, menino apresenta problema para se alimentar

A criança tem apenas 4 anos de idade e as imagens chocaram o país inteiro.

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Uma criança de 4 anos, agredida em uma escola de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, continua a se alimentar apenas com a ajuda de um canudo ou com comidas pastosas. O incidente ocorreu quando a criança foi atingida por uma pilha de livros jogada por uma professora, resultando na perda de um dente e na necessidade de um aparelho para estabilizar outros dentes afetados.

A mãe do menino, que preferiu não se identificar, relatou a dificuldade no processo de alimentação, mas afirmou que a família segue o tratamento odontológico minucioso com paciência. A professora, identificada como Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, teve sua prisão preventiva decretada pela Polícia Civil.

Ela foi localizada e presa na manhã da última sexta-feira em Palmeira das Missões, no Norte do estado. A prisão foi efetuada após as autoridades identificarem indícios de que a educadora planejava deixar a cidade.

Delegada informou que já foi instaurado um inquérito

A delegada responsável pelo caso, Thalita Giacomiti Andriche, informou que um inquérito foi instaurado para investigar o ocorrido. O caso está sendo tratado como maus-tratos qualificado por lesão grave.

A delegada não descarta a possibilidade do crime ser enquadrado como tortura. A diferença entre os dois crimes é sutil, com a tortura se configurando quando há sofrimento físico e mental intenso com finalidade educativa, algo que pode ter ocorrido no caso.

Novas denúncias contra a professora

Além do episódio envolvendo o menino de 4 anos, outras duas famílias registraram boletins de ocorrência contra a mesma professora. Os relatos indicam agressões físicas e psicológicas a crianças de 6 anos que ocorreram em 2024.

A delegada Andriche afirmou que, por serem fatos pretéritos, não foi possível realizar exames de lesão. No entanto, os depoimentos das famílias reforçam a denúncia. A delegada disse que os relatos indicam um abuso nos meios de correção. A atitude da professora caracteriza maus-tratos, o que contribuiu para o quadro de acusações.