No dia 14 de julho, a médica Samira Khouri foi vítima de uma violenta agressão em um apartamento alugado em Moema, São Paulo. O principal suspeito é seu namorado na época, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia.
A agressão foi descoberta após a mãe de Pedro ligar para a polícia, informando que havia recebido um telefonema de um amigo do filho, que a alertou sobre uma briga feia entre o casal. A mãe contou que o amigo relatou que Pedro havia chegado em Santos com a mão machucada. Preocupada por não conseguir falar com a nora nem com o filho, ela pediu que os policiais fossem ao endereço para verificar a situação.
Versões e investigação
Em seu depoimento, Samira relata que as agressões começaram depois que seu namorado foi expulso de um evento LGBTQIA+. De acordo com a vítima, ele retornou ao apartamento perturbado e a atacou. O primeiro golpe foi um empurrão que a fez cair. “Acabou que, do nada, eu tomei um empurrão. Tropecei, caí, levantei na maior paz do mundo”, contou. Para sobreviver, Samira fingiu estar desmaiada, com medo de que o namorado a matasse caso ela reagisse. O Ministério Público apresentou uma acusação por tentativa de feminicídio com grande violência.
O que mais se sabe?
A médica segue se recuperando e precisará de mais cirurgias, de acordo com sua advogada, Gabriela Manssur. Ela relatou que a vítima está com graves abalos emocionais e sequelas físicas. Por outro lado, a defesa de Pedro, através do advogado Eugênio Malavasi, informou que só irá se manifestar durante o julgamento.
O pedido de habeas corpus do acusado foi negado pela Justiça, que decidiu manter a prisão no Centro de Detenção Provisória de São Vicente, considerando a medida essencial para a proteção da vítima e de sua família.
