TJRS analisa recursos dos quatro réus da Boate Kiss mais de uma década após tragédia

Tribunal debate redução de penas, novo júri ou manutenção das condenações hoje.

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Após mais de uma década da tragédia na Boate Kiss, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) vai decidir o destino dos quatro réus que foram condenados. Nesta terça-feira, 26 de agosto, a corte irá analisar os recursos apresentados pelos advogados de Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão. Os quatro estão presos desde 2021, quando foram condenados pelo Tribunal do Júri a penas entre 18 e 22 anos por homicídio com dolo eventual.

Atualmente, a sessão para analisar os recursos está ocorrendo no Plenário Ministro Pedro Soares Muñoz, em Porto Alegre. A Justiça está avaliando as solicitações das defesas, que incluem a possibilidade de um novo júri, a manutenção das condenações e a redução das penas.

Sessão está sendo transmitida ao vivo

Cada advogado tem 15 minutos para expor seus argumentos oralmente. A expectativa é que o julgamento termine no final da tarde de hoje (26). No momento desta publicação, cerca de 3,7 mil pessoas assistiam à transmissão, presidida pelo Desembargador Luciano André Losekann.

Relembre a tragédia da boate Kiss

O Brasil foi profundamente abalado pela tragédia que ocorreu na Boate Kiss em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O desastre começou quando um show na casa noturna usou fogos de artifício em seu interior, desencadeando um incêndio. A fumaça tóxica se espalhou rapidamente, criando pânico e dificultando a saída das pessoas.

O resultado foi a perda de 242 jovens e centenas de feridos. Esse evento trágico evidenciou graves problemas na segurança e fiscalização de locais de eventos, o que impulsionou mudanças nas regulamentações e uma ampla discussão sobre a importância da responsabilidade e da prevenção. A busca por justiça e a comoção em torno do acontecimento continuam até hoje.