Sebastião Tomé Gomes, pai do jogador Felipe Anderson, atualmente no Palmeiras, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri de Santa Maria (DF), na última quinta-feira (29). Ele foi considerado culpado pelas mortes de Bruno Santos da Silva e Noeme Caldeira Gomes, em um crime ocorrido em 12 de janeiro de 2015.
De acordo com as investigações, Sebastião perseguiu e colidiu propositalmente seu carro contra a moto conduzida por Bruno, que morreu em decorrência de traumatismo craniano. O veículo ainda invadiu uma casa, atropelando e matando Noeme, de 61 anos. O ato teria sido motivado por ciúmes de Salmeriza Alves Pugas, com quem Sebastião e Bruno mantinham um relacionamento.
Mensagens revelam intenção de matar
Segundo a denúncia do Ministério Público, transcrições de mensagens mostram que Sebastião teria dito “vou arrumar uma arma” e questionado “o corno tá aí?”, antes de dirigir até a casa da mulher em um Fiat Uno. Ao avistar Bruno, acelerou contra ele. Pouco depois, enviou mensagem a Salmeriza dizendo: “matei”. A defesa alegou acidente, mas o júri rejeitou a versão.
Essa foi a segunda vez que Sebastião foi julgado. Em 2023, ele já havia sido condenado, mas o STJ anulou a decisão. Desta vez, o júri reconheceu a qualificadora por motivo torpe. “O Tribunal Popular reforçou a necessidade de condenar o réu e esperamos que agora a soberania dos veredictos seja respeitada”, afirmou a promotora Cristina Machado.
Repercussão e trajetória do filho jogador
Na época do crime, Felipe Anderson atuava pela Lazio, da Itália, e optou por não se pronunciar. O meia passou ainda por West Ham e Porto antes de retornar ao time italiano e, mais recentemente, assinar com o Palmeiras. A condenação reacende o caso que marcou a família do atleta quase uma década atrás.
