Bolsonaro encara julgamento no STF nesta terça (02) e detalhes vem à tona

Ex-presidente e ex-ministros enfrentam risco de condenação em processo que pode marcar novo capítulo da democracia brasileira.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (2) o julgamento da Ação Penal 2668, que coloca o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus ex-integrantes de governo no banco dos réus. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o grupo de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023, formando o chamado “Núcleo Crucial” da investigação. As sessões acontecem nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, em Brasília.

O processo já passou por instrução probatória, com depoimentos de testemunhas e interrogatórios. A sessão inaugural será aberta com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, seguida da manifestação do procurador-geral Paulo Gonet. As defesas terão até uma hora cada para apresentar seus argumentos. A primeira sustentação será da defesa do tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada, e depois das demais, em ordem alfabética.

Como serão os votos

Após as sustentações, Moraes dará seu voto, apresentando análise das provas e pedindo condenação ou absolvição. Em seguida, votarão os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, a ministra Cármen Lúcia e, por último, Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma. A decisão será definida por maioria simples. Caso haja condenação, o relator proporá a fixação das penas, que também será votada pelos colegas.

Entre os réus, além de Bolsonaro, estão nomes de peso da antiga gestão do ex-presidente entre eles os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto. No total, 32 acusados são investigados, distribuídos em quatro núcleos.

Grande interesse público

O julgamento movimenta não apenas o cenário político, mas também a opinião pública. Mais de 3,3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar as sessões presencialmente, mas apenas 150 lugares foram liberados por sessão. Segundo o STF, 501 jornalistas estão credenciados para cobrir o processo, que promete ser um marco na história recente do país.