Policial que atirou no pé de entregador acumula passagens pela polícia; ele se entregou e acabou preso

A nova prisão reacendeu a atenção sobre o passado do agente, que apesar dos episódios anteriores, seguia na ativa.

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José Rodrigo da Silva Ferrarini, policial penal que atirou em um entregador de aplicativo na sexta-feira (29), já havia sido condenado por violência doméstica e chegou a ser preso em flagrante por receptação de veículo roubado.

A nova prisão reacendeu a atenção sobre o passado do agente, que apesar dos episódios anteriores, seguia na ativa com salário de quase R$ 10 mil mensais.

Condenação por violência doméstica

De acordo com documentos obtidos pelo SBT News, Ferrarini foi condenado em 2018 por agredir a então companheira em março de 2016. Sob efeito de álcool, exigiu que ela o levasse para casa a fim de buscar sua arma, afirmando que “precisava matar todo mundo”. Em seguida, desferiu socos no rosto da vítima, que conseguiu fugir e receber atendimento médico, constatando fraturas e hemorragia ocular. A mulher contou que já havia sido agredida em outras ocasiões, mas nunca formalizara denúncia. Ferrarini recebeu pena de três anos e dez meses em regime aberto, suspensa condicionalmente.

Flagrante por receptação

Em janeiro de 2025, o policial foi preso pela PRF em Duque de Caxias ao dirigir um carro roubado com sinais de adulteração. Ele alegou ter comprado o veículo por R$ 80 mil, valor bem abaixo do mercado. Pagou fiança de R$ 11 mil e foi liberado, mas o processo segue em tramitação.

Discussão com o entregador 

Na sexta-feira (29), Ferrarini se envolveu em discussão com um entregador e disparou contra o pé da vítima, fato registrado em vídeo. Após dois dias foragido, decidiu se entregar. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), onde trabalha há 14 anos, ainda não se pronunciou sobre o episódio.

A defesa de Ferrarini não foi localizada para comentar nem o caso atual nem os anteriores. O advogado que o representou no processo de receptação preferiu não se manifestar.