Uma nova denúncia reacende o debate sobre Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni em 2008. No dia 24 de agosto, Agripino Magalhães, presidente da Associação do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, protocolou um documento no Ministério Público.
A solicitação é para medidas criminais imediatas e maior fiscalização da liberdade condicional do casal. A denúncia foi divulgada pelo portal LeoDias.
Abaixo-assinado de moradores de condomínio
Segundo o texto, moradores de Santana, na capital paulista, relataram sentir medo e intimidação ao se depararem com Alexandre e Anna em espaços públicos, como shoppings e supermercados. A associação alerta que a circulação conjunta dos dois, mesmo em regime condicional, representa risco à ordem pública, especialmente para a comunidade LGBTQIA+.
Entre as medidas solicitadas estão avaliação psiquiátrica do casal, monitoramento por tornozeleira eletrônica, acompanhamento rigoroso do cumprimento das restrições judiciais e proibição de permanecerem juntos. Também é sugerido que realizem serviços comunitários, em vez de atividades ligadas à empresa da família Nardoni.
Paralelamente, moradores do condomínio onde o casal reside organizaram um abaixo-assinado pedindo a saída imediata deles, já reunindo dezenas de assinaturas. No documento, os moradores reforçam apoio ao Projeto Isabella Nardoni 2025, voltado à proteção de crianças e adolescentes e à segurança pública nos bairros de São Paulo.
Reaproximação está chamando a atenção
O retorno da aproximação do casal chamou atenção: após uma breve separação em 2023, Alexandre e Anna foram vistos juntos no Réveillon e em compras no início de agosto, segundo relatos do delegado aposentado Jorge Lordello. Procurado pelo portal, o advogado Roberto Podval, que representa o casal, classificou a denúncia como “um tanto quanto preconceituosa” e resumiu: “Uma pena”. Até o momento, o Ministério Público de São Paulo não se manifestou oficialmente sobre o caso.
