A Polícia Civil do estado do Rio Grande do Sul comunicou à imprensa, nesta segunda-feira, dia 8 de setembro, que conseguiu identificar a identidade da mulher cujo corpo foi descoberto esquartejado dentro de uma mala na cidade de Porto Alegre. De acordo com as informações fornecidas pelas autoridades, a vítima é Brasília Costa, uma senhora de 65 anos de idade. A investigação aponta que o principal suspeito do crime é o seu companheiro, o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, que já se encontra preso preventivamente.
Nesse sentido, as apurações revelaram que Brasília Costa era natural da cidade de Arroio Grande, localizada na região Sul do estado gaúcho, mas que, atualmente, residia na zona Norte da capital, Porto Alegre. Na cidade, a vítima trabalhava como manicure, prestando serviços em diversos salões de beleza da região. Por sua vez, Ricardo Jardim, que vivia com a manicure, agora aguarda o andamento do processo criminal detido, respondendo como o principal suspeito pela execução e pelo esquartejamento.
Principal suspeito possui um histórico criminal
O histórico de Ricardo Jardim junto às autoridades policiais já continha registros graves, incluindo uma condenação anterior por homicídio e ocultação de cadáver. No ano de 2018, o publicitário foi sentenciado a uma pena de 28 anos de prisão pelo assassinato de sua própria mãe. Além do homicídio, a condenação também se deu em razão de, após o crime, o acusado ter concretado o corpo da genitora com o objetivo de esconder o cadáver.
Apesar da longa pena, Ricardo Jardim obteve o benefício da progressão de regime no ano de 2024. Contudo, o sentenciado não cumpriu com as determinações da Justiça e fugiu, passando à condição de foragido. Desde então, as autoridades não tinham informações sobre o seu paradeiro, até a sua recente prisão preventiva. Agora, o homem de 66 anos permanece detido enquanto responde também pela suposta autoria do novo crime contra a sua companheira.
A linha do tempo da descoberta do crime
O caso que resultou na identificação de Brasília Costa veio a público no dia 20 de agosto do corrente ano, momento em que uma mala foi abandonada no guarda-volumes da estação rodoviária de Porto Alegre. Após um período de 12 dias, funcionários do local passaram a estranhar o forte odor que emanava da bagagem e, por essa razão, decidiram acionar a Polícia Militar para averiguar a situação. Uma vez no local, a equipe policial realizou uma varredura e constatou a presença de um torso humano, que posteriormente foi confirmado como sendo de uma mulher.
Anteriormente a esse fato, outras partes do corpo já haviam sido localizadas em circunstâncias distintas. Mais especificamente no dia 13 de agosto, sacos de lixo contendo membros humanos foram encontrados espalhados pela zona Leste da capital gaúcha. Em seguida, o material foi submetido a exames periciais, os quais concluíram que tanto os restos mortais encontrados nos sacos de lixo quanto o torso localizado na mala pertenciam, de fato, à mesma vítima.
