Um ataque a tiros em um ponto de ônibus na entrada norte de Jerusalém, nesta segunda-feira (8), deixou seis mortos e vários feridos, segundo autoridades israelenses. O local, próximo a assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, foi alvo de disparos quando dois homens armados chegaram de carro e abriram fogo contra quem aguardava no ponto. Um segurança e um civil reagiram e conseguiram neutralizar os atiradores, que estavam com armas, munições e uma faca. O governo de Israel classificou os suspeitos como terroristas.
Investigações e relatos de testemunhas
Entre as vítimas fatais estão uma mulher e um homem de aproximadamente 50 anos, além de três homens na faixa dos 30. O serviço de emergência Magen David Adom informou ainda que ao menos seis pessoas estão em estado grave, além de outras com ferimentos moderados e leves, incluindo uma mulher grávida. Vídeos nas redes sociais mostram pânico e correria, com tiros ecoando enquanto a multidão buscava abrigo. A polícia isolou a área e equipes forenses trabalham na coleta de evidências.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteve no local e declarou que Israel está em guerra contra o terrorismo, prometendo medidas ainda mais duras. Ele afirmou que forças de segurança estão cercando aldeias ligadas aos suspeitos. O Hamas e o Jihad Islâmico elogiaram o ataque, mas não reivindicaram a autoria. Já a Autoridade Palestina condenou a violência contra civis, palestinos ou israelenses.
Repercussão e reforço de segurança
O atentado ocorreu em meio ao aumento das tensões na região, com os planos israelenses de expandir assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, medida contestada pela comunidade internacional. O episódio amplia os temores de novos confrontos e eleva a pressão sobre o governo israelense.
As Forças de Defesa de Israel enviaram reforços militares para a área e iniciaram buscas por possíveis cúmplices. O ataque, considerado um dos mais graves dos últimos meses em Jerusalém, intensifica a crise de segurança e reacende o debate sobre a escalada da violência no conflito entre israelenses e palestinos.
