No dia 7 de setembro, um evento bolsonarista realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, chamou atenção ao exibir uma grande bandeira dos Estados Unidos. A iniciativa, ocorrida no Dia da Independência do Brasil, foi justificada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro como uma demonstração de gratidão ao presidente americano Donald Trump. A ação, contudo, gerou críticas de políticos e da imprensa, reacendendo discussões sobre a soberania nacional e as relações políticas internacionais.
Segundo estimativas, o ato reuniu milhares de pessoas e teve como principais pautas a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, além de críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Entre os símbolos do evento, a bandeira americana se destacou.
Eduardo Bolsonaro defende a bandeira americana
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro apoiou a presença do símbolo, publicando imagens do ato em seu perfil no X (antigo Twitter), em inglês, e afirmando que a exibição representava gratidão a Donald Trump, sendo também um protesto pela liberdade e contra Alexandre de Moraes. O parlamentar também compartilhou uma publicação de Jason Miller, ex-aliado de Trump e estrategista de comunicação, que elogiava a demonstração de admiração pelo ex-presidente nos atos brasileiros.

Miller, que já havia sido ouvido pela Polícia Federal em investigações anteriores, fez comentários polêmicos ao se referir a Alexandre de Moraes como uma cabeça de cobra e declarar que os Estados Unidos não negociam com terroristas.
Parlamentares criticam a manifestação
Repercutindo, parlamentares brasileiros criticaram a manifestação nas redes sociais. O senador Randolfe Rodrigues, por exemplo, comparou o desfile oficial em Brasília, com a bandeira nacional, ao ato em São Paulo, chamando o evento de fundo do poço.
