Silas Malafaia detona bandeira dos EUA em manifestação pela anistia: ‘esquerda infiltrada…’

Pastor convocou manifestação em favor da Anistia dos condenados do 8 de janeiro e dos réus da trama golpista.

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O ato bolsonarista realizado em São Paulo no Dia da Independência do Brasil voltou a gerar polêmica após a presença de uma bandeira dos Estados Unidos no meio dos manifestantes. O episódio dividiu apoiadores e levou a críticas do pastor Silas Malafaia, organizador do evento, que afirmou não ter autorizado o símbolo no local.

Em entrevista, Malafaia se mostrou indignado com a cena e prometeu que bandeiras estrangeiras não estarão mais presentes em manifestações futuras. “Nas próximas manifestações que eu coordenar, não vai ter nenhuma bandeira americana estendida na plateia. Eu, sinceramente, não sei se foram bolsonaristas desavisados ou esquerda infiltrada para tentar desmoralizar o evento. Um absurdo. Aquilo foi um absurdo”, declarou.

Ex-ministro de Bolsonaro defende bandeira

A defesa do uso da bandeira americana veio de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e aliado próximo de Bolsonaro. Ele argumentou que a presença da bandeira dos EUA deveria ser vista de forma semelhante à das bandeiras da Palestina em atos da esquerda. “Nos movimentos da esquerda sempre teve bandeira do Hamas, da Palestina. Estados Unidos sempre foi um aliado histórico do Brasil, não é de hoje”, disse.

Machado ainda recorreu a um argumento histórico para justificar a sua posição. “Você já pensou se os Estados Unidos não tivessem se juntado a nós? Foi o nosso aliado mais forte dos aliados e nós tivéssemos ganho a guerra. A gente tava tudo [sic] falando alemão”, afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais.

Divergências entre aliados de Bolsonaro

As divergências internas, porém, ganharam outro capítulo com áudios revelados pela Polícia Federal. Em uma das mensagens, Malafaia criticou duramente Eduardo Bolsonaro, chamando-o de “babaca inexperiente” por, segundo ele, entregar à esquerda o discurso nacionalista ao se alinhar excessivamente aos Estados Unidos.