A Primeira Turma do STF condenou o ex-ajudante de ordens Mauro Cid a dois anos de prisão em regime aberto. A decisão, tomada nesta quinta-feira (11), levou em conta sua delação premiada e a colaboração com as investigações da trama golpista.
Cid foi responsabilizado por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Apesar da gravidade das acusações, os benefícios do acordo reduziram consideravelmente sua pena.
Alexandre de Moraes se manifesta sobre atuação de Mauro Cid como delator
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou a importância da colaboração do militar para o andamento do processo. “Em que pese um excesso de provas, a colaboração foi efetiva”, afirmou durante a sessão ao falar sobre Mauro Cid.
Além da pena reduzida, a decisão incluiu a restituição de bens e valores, bem como a extensão dos benefícios a familiares diretos do delator, como pai, esposa e filha maior. A Polícia Federal também foi acionada para garantir a segurança de Cid e seus parentes.
Mauro Cid teve pena mais leve
A condenação de Mauro Cid mostra a diferença de tratamento dada pelo STF aos réus que colaboraram com as investigações. Enquanto o ex-ajudante recebeu uma pena branda, outros aliados de Bolsonaro tiveram sentenças muito mais duras. O general Augusto Heleno, por exemplo, foi condenado a 21 anos. Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Bolsonaro e vice na chapa na eleição de 2022, pegou 26 anos. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses.
