O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou nesta semana o julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Ao declarar a conclusão, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, classificou o processo como um divisor de águas na história do país.
Mas um novo embate de igual relevância já pode se aproximar do tribunal: o que envolve o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Condenado a 27 anos de prisão, Jair também pode se tornar réu nesse processo, que ainda depende de denúncia formal da Procuradoria-Geral da República (PGR) para avançar.
Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e seu filho
A investigação tem como foco a atuação do filho ’03’ nos Estados Unidos, onde, segundo a Polícia Federal, ele teria articulado medidas que atingem diretamente a soberania brasileira durante o processo contra Jair Bolsonaro.
Em agosto, a PF indiciou pai e filho por coação no curso do processo e atentado contra o Estado democrático de Direito, acusando-os de tentar interferir no julgamento que resultou na condenação do núcleo golpista. Dessa vez, contudo, Eduardo Bolsonaro é apontado como protagonista neste jogo de influências.
Eduardo Bolsonaro pode ter cargo cassado no Brasil
Especialistas em direito constitucional afirmam que o parlamentar teria acumulado provas contra si mesmo ao admitir publicamente envolvimento em tratativas que resultaram em sanções econômicas dos EUA contra o Brasil.
Dessa forma, esses indícios já seriam suficientes para uma prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro. Se a prisão fosse decretada, mas não cumprida devido à eventual proteção política nos EUA, o político seria considerado foragido, cenário que poderia acelerar um processo de cassação de mandato na Câmara dos Deputados.
