Laura Bolsonaro, filha mais nova de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, voltou a ter a rotina abalada nos últimos dias em razão do julgamento que condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista. A jovem, que tinha apenas 8 anos quando presenciou o atentado à faca contra o pai durante a campanha de 2018, cresceu sob o impacto de traumas ligados à possibilidade de perder o ex-presidente. Agora, com a retomada do assunto no noticiário e a decisão do Supremo Tribunal Federal, esses gatilhos emocionais voltaram à tona.
Segundo pessoas próximas, Laura convive há anos com o medo constante de violência contra o pai. Esse temor foi reforçado durante o período em que a família viveu no Palácio da Alvorada, em Brasília. As rondas noturnas da segurança presidencial, feitas com barulho ao redor da residência oficial, dificultavam o sono da menina e contribuíam para um clima de ansiedade permanente.
Laura passou por momentos difíceis nos últimos anos
Na escola, a pressão também foi intensa. A filha do ex-presidente passou por episódios de hostilidade, chegando a receber bilhetes com ofensas políticas que chamavam Bolsonaro de “genocida”. Para tentar blindar a criança dessas situações, a família optou por transferi-la para um colégio militar. No entanto, a adaptação não foi simples, já que Laura nunca se identificou com a rigidez e o ambiente escolar imposto pela mudança.
Retorno dos traumas com a condenação de Bolsonaro
Com a condenação de Bolsonaro, esse histórico de tensões se reacendeu. O julgamento não apenas reforça os medos vividos por Laura desde a infância, como também amplia a exposição pública da adolescente em um momento delicado de sua vida. O clima de instabilidade emocional dentro da família se soma à pressão externa, o que aumenta a preocupação de Michelle com o bem-estar da filha.
A trajetória de Laura revela como os desdobramentos políticos e jurídicos envolvendo Jair Bolsonaro atingem de forma direta a vida familiar. Enquanto o ex-presidente enfrenta sua condenação na Justiça, a jovem lida com os impactos emocionais de crescer em meio a episódios de violência, exposição e incerteza.