Histórico médico com nova cirurgia pode impedir Bolsonaro de ir para a cadeia? Detalhes são revelados

Ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses por trama golpista nesta semana.

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Jair Bolsonaro voltou a ser internado neste domingo (14) em Brasília para a retirada de oito lesões cutâneas. O Hospital DF Star informou que o procedimento foi realizado com anestesia local e sedação, sem complicações. “Foi realizada a exerése marginal de oito lesões de pele, localizadas no tronco e no membro superior direito”, destacou o boletim médico.

Além da cirurgia, os exames revelaram que o ex-presidente apresenta anemia e resquícios de uma pneumonia recente por broncoaspiração. Por isso, ele recebeu ferro endovenoso e continuará com acompanhamento para controlar a hipertensão e o refluxo. “[Bolsonaro] recebeu alta hospitalar, devendo seguir com o tratamento da hipertensão arterial, do refluxo gastro-esofágico e medidas preventivas de broncoaspiração”, registrou o hospital.

Cirurgia autorizada pelo STF

A ida ao hospital foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela ação penal que condenou Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão. O despacho determinava que o ex-presidente permanecesse internado apenas pelo tempo necessário e retornasse, em seguida, para sua residência, onde cumpre prisão domiciliar desde agosto.

Histórico médico

O estado de saúde de Bolsonaro poderá influenciar diretamente no futuro da pena. Advogados e aliados defendem que as sequelas da facada de 2018 e complicações recentes justificam a manutenção do regime domiciliar, em vez de uma transferência para presídio. O histórico de internações reforça a tese de que o ex-presidente não teria condições de permanecer em ambiente prisional comum. A informação é da CNN Brasil.

Casos semelhantes já foram usados como referência, como o do ex-presidente Fernando Collor, que obteve prisão domiciliar por motivos médicos na Lava Jato. A defesa de Bolsonaro deve utilizar esse precedente para argumentar que sua condição física pode impedir a ida à cadeia, ainda que a sentença do Supremo seja mantida sem alterações.