Suspeita de participação na morte de ex-delegado-geral de SP é presa: ‘mulher de 25 anos’

Ex-delegado-geral de São Paulo foi morto na cidade de Praia Grande, onde trabalhava e morava.

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A Polícia Civil de São Paulo prendeu temporariamente, nesta quinta-feira (18), Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, suspeita de participação na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Ela é acusada de transportar um dos fuzis utilizados na execução ocorrida em Praia Grande, no litoral paulista, na última segunda-feira (15).

Segundo a investigação, a jovem teria viajado de carro de aplicativo até o litoral para buscar um pacote, que continha a arma do crime. Em depoimento, ela alegou não saber do conteúdo. Ainda assim, imagens no celular dela mostram o fuzil que teria sido usado na emboscada contra o ex-delegado.

Guilherme Derrite se manifestou

A prisão foi anunciada pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. “Temos a primeira prisão relacionada ao assassinato do Dr Ruy”, afirmou. “Trata-se de uma mulher de 25 anos, presa temporariamente, responsável por levar da Praia Grande para a região do ABC um dos fuzis usados no crime. A polícia segue trabalhando para prender todos os envolvidos”, escreveu nas redes sociais.

A polícia apura duas principais linhas de investigação: a de que o crime teria sido encomendado pelo PCC, facção que Ruy combatia desde os anos 1990, ou a possibilidade de desavenças ligadas à atuação dele como secretário de Administração de Praia Grande.

Ruy Ferraz Fontes já havia sido ameaçado 

A morte de Ruy Ferraz Fontes reacendeu o debate sobre a segurança de autoridades que atuam contra o crime organizado. O ex-delegado, de 64 anos, foi peça central em operações contra líderes da facção e já havia sofrido ameaças no passado.