Alexandre de Moraes segue com linha dura e nega pedido de ‘Kid Preto’

Militar queria corrigir provas de curso preparatório mesmo em regime fechado, mas STF rejeitou solicitação.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (18) o pedido da defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima para continuar corrigindo provas de alunos de um curso preparatório do Exército. Conhecido como “kid preto”, o militar está preso desde novembro de 2024, acusado de integrar o grupo que planejava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a decisão, não há previsão legal que permita esse tipo de atividade para presos em regime fechado. Moraes afirmou que o pedido é incompatível com a situação processual do réu, rejeitando os argumentos dos advogados, que alegaram não haver necessidade de acesso à internet para a tarefa.

Prisão durante a Operação Contragolpe

Hélio Lima foi preso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, quando desembarcava para uma formatura em Niterói. A detenção ocorreu no âmbito da Operação Contragolpe, da Polícia Federal, que prendeu outros três militares de elite conhecidos como “kids pretos”, integrantes do Comando de Operações Especiais do Exército.

Na ocasião, Lima estava lotado em Manaus (AM). Com ele, os agentes encontraram um pen-drive contendo um suposto plano de ação que visava impedir a posse de Lula em 2023. O documento detalhava etapas que, segundo a PF, jamais chegaram a ser executadas, mas confirmaram a gravidade da articulação.

STF mantém linha dura contra militares investigados

Com a negativa, o STF reforça a linha dura nas decisões envolvendo militares acusados de participar de articulações golpistas. A defesa de Lima ainda pode recorrer, mas especialistas acreditam que as chances de reversão são mínimas, dado o histórico das decisões do ministro Alexandre de Moraes em casos relacionados a ameaças à democracia.