A ex-deputada federal Flordelis, de 65 anos, sofreu um princípio de AVC no Instituto Penal Talavera Bruce, em Bangu, na última quinta-feira (18). Segundo relatos publicados por O Globo e pelo Portal Leo Dias, ela chegou a desmaiar, foi atendida na UPA do complexo e liberada de volta à cela, sem acompanhamento contínuo.
A defesa questiona a falta de estrutura da unidade prisional e prepara pedido urgente de transferência para um hospital. Até o momento, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) não havia se manifestado publicamente.
Quadro delicado dentro do presídio
A advogada Janira Rocha afirmou que Flordelis apresentou sintomas neurológicos graves, como fala enrolada, vômitos e dores de cabeça intensas. Em declarações, questionou a alta concedida mesmo diante do quadro debilitado da ex-parlamentar e acusou a unidade de não ter recursos para mantê-la sob os devidos cuidados. A defesa informou que entrará com pedido na Vara de Execuções Penais para que a internação aconteça fora do sistema carcerário.
Divergências e agravamento da saúde
Enquanto O Globo afirma que a defesa sustenta a existência de um plano de saúde que permitiria a ida a um hospital particular, o SBT News informou que ela não teria cobertura ativa, o que levaria a um atendimento em rede pública. O namorado da ex-deputada, Allan Soares, reforçou o alerta sobre a gravidade do quadro, relatando que ela segue debilitada, com convulsões e dificuldades para falar.
Condenada a 50 anos como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019, Flordelis já havia relatado problemas de saúde em fevereiro, quando anexou ao processo uma carta dizendo que sua saúde estava em colapso. Documentos judiciais citam o uso contínuo de medicamentos controlados, como Alprazolam, Quetiapina e Carbamazepina, além de episódios de quedas e desorientação.
O AVC, conhecido como derrame cerebral, é causado pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, levando à morte de células nervosas. Entre os sintomas relatados estão fala enrolada, desmaios, vômitos e convulsões, o que reforça a gravidade da situação. A decisão sobre sua transferência agora está nas mãos da Vara de Execuções Penais, enquanto a defesa insiste que o presídio não tem condições de oferecer acompanhamento adequado.
