Dois submarinos nucleares russos, o Omsk e o Krasnoyarsk, realizaram nesta sexta-feira (19) o lançamento de mísseis de cruzeiro durante manobras militares no Mar de Okhotsk, no noroeste do Pacífico. O Ministério da Defesa da Rússia informou que os disparos utilizaram os modelos Onyx e Granit contra alvos a mais de 250 quilômetros de distância.
De acordo com a pasta, o objetivo principal foi avaliar a capacidade de proteção das “comunicações marítimas”, termo empregado por Moscou para se referir a rotas estratégicas de navegação. A operação reforça a crescente ênfase do Kremlin em exibir poderio bélico em regiões sensíveis para a segurança global.
Moscou intensifica demonstrações militares
O exercício ocorre na mesma semana em que a Rússia, em parceria com Belarus, simulou o uso de armas nucleares táticas, conforme anunciou o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko. Para analistas ocidentais, a escalada militar é parte de uma estratégia de pressão direta sobre a Europa e seus aliados da Otan.
A ofensiva simbólica vem dias após Polônia e Otan confirmarem a derrubada de drones russos que teriam violado o espaço aéreo polonês. O episódio aumentou o clima de alerta em países que já reforçam sua defesa contra possíveis provocações de Moscou.
Pressão militar e risco de escalada
Especialistas destacam que a Rússia busca, com essas demonstrações, projetar força e ampliar seu poder de dissuasão em um cenário de corrida armamentista global. O lançamento dos mísseis por submarinos nucleares é visto como mensagem direta ao Ocidente de que Moscou está disposta a aumentar a intensidade de seus exercícios estratégicos.
